quinta-feira, 31 de julho de 2008
Tárcio Costa - Cordel
Enchendo o saco
Todo dia é a mesma coisa
Chego em casa ele esta lá
Nunca sai da minha frente
Está onde quer que eu vá
Não que eu esteja sendo drástico
Mas o tal saquinho plástico
E um “pega pra capá”
Fico olhando aquele trem
De cheiro peculiar
Que parece com borracha
Quando é posta pra queimar
E me dá uma dor no peito
Pela falta de respeito
Que eu causo ao lhe utilizar
O bicho é mesmo uma praga
Que se encontra em todo canto
Seja no supermercado
E nas lojas mais um tanto
Em nome da utilidade
Buscando praticidade
Há ninguém mais causa espanto
Seja voando ou no chão
No lixo ou no nosso meio
O leviano de plástico
É usado sem receio
Pois lhes digo com certeza
É mesmo a mãe natureza
Que já está de saco cheio
Tárcio Costa
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