Então

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Theatro Municipal do Rio encena versão para ballet de Carmina Burana, inédita no Brasil




 A versão para o ballet da cantata Carmina Burana, uma das mais conhecidas obras sinfônicas com coral do século 20, chega pela primeira vez ao Brasil, no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A estreia ocorre hoje (22), às 20h, e a temporada vai até o próximo dia 31, com mais seis apresentações. Composta em 1937 pelo alemão Carl Orff, a obra ganhou coreografia do argentino Mauricio Wainrot e terá como solistas Cecília Kerche, Cláudia Mota, Márcia Jaqueline e Francisco Timbó, primeiros bailarinos do Ballet do Theatro Municipal.
Cantada em francês antigo, alemão medieval e latim, Carmina Burana é baseada em textos poéticos do século 13, pertencentes a um manuscrito encontrado em 1803 no convento de Benediktbeuern, na Baviera, Alemanha. Além de compor, Orff fêz o arranjo para orquestra e coro, estruturando a obra em um prólogo e três partes, que exaltam, respectivamente, a deusa Fortuna, o encontro do homem com a natureza, o vinho e o amor. Ao final, repete-se o coro de invocação à Fortuna.
De acordo com o coreógrafo Mauricio Wainrot, o ballet segue a mesma estrutura, mantendo as seções em que a música de Orff é dividida. “Em cada parte o corpo de baile tem muito a dizer e a dançar, como também há diferentes solistas principais e solos importantes. Carmina Burana é uma obra coreográfica para uma companhia de ballet inteira”, disse.
A coreografia foi criada para o Royal Ballet de Flandres, na Bélgica, e hoje integra o repertório de companhias da França, do Canadá, dos Estados Unidos, da Turquia e Argentina. No Theatro Municipal do Rio, Carmina Burana envolve, além do ballet, os demais corpos artísticos da casa: o coro e a orquestra sinfônica, regidos pelo maestro convidado Abel Rocha.
Para a presidenta da Fundação Theatro Municipal, Carla Camurati, “este trabalho proporciona aos nossos bailarinos a chance de mostrar seus talentos em coreografias contemporâneas, junto com solistas e cantores de nosso coro e os músicos de nossa orquestra”. Os solistas são Lina Mendes (soprano), Sebastião Câmara (tenor) e Homero Velho (baixo) e o espetáculo também tem a participação do coral infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Além de Carmina Burana, mais duas coreografias de Mauricio Wainrot completam o programa. Chopin nº 1 é baseada no Concerto nº 1 para Piano e Orquestra, de Frederic Chopin, e Ecos, elaborado sobre a músicaAdágio para Cordas, de Samuel Barber.
Uma hora e meia antes de cada apresentação, o Theatro Municipal promoverá mais uma edição do projeto Falando de Ballet. Trata-se de palestras sobre o espetáculo, a cargo do maestro assistente da orquestra sinfônica do teatro, Tobias Volkmann. A entrada é franca, mediante apresentação do ingresso para Carmina Burana.
Agência Brasil

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Documentário - Rubem Alves, O Professor de Espantos




Até que ponto estamos dispostos a abandonar tudo o que conquistamos para viver novas experiências? E até onde conseguimos ir quando o caminho exige priorizar coisas tão esquecidas no mundo atual como a beleza, a poesia, a arte e a capacidade de aprender com olhos de criança? 

Para o escritor, educador, teólogo e psicanalista Rubem Alves, transpor esses limites é um desafio que se impôs desde a infância e que ele sempre aceitou, sem medos. 

No documentário "Rubem Alves -- O professor de espantos", conhecemos um pouco da vida deste educador: seus sonhos, ideias e realizações e também as interrogações diante do envelhecer. Considerado um dos maiores pensadores contemporâneos da educação no Brasil, o "jardineiro" Rubem Alves semeia ideias tão "revolucionárias" que acabam, por um lado, provocando a crítica e o desprezo de muitos setores da intelectualidade brasileira e, por outro, conquistando a cumplicidade de todos os que são apaixonados pela Educação. "Rubem Alves, o professor de espantos" tem direção de Dulce Queiroz e compõe mais um episódio da série Memórias, da TV Câmara.
Joakim Antonio
FICHA TÉCNICA

Direção e Roteiro: Dulce Queiroz

Produção: João Gollo

Produção Executiva: Dulcídio Siqueira Neto

Imagens: Cícero Bezerra e Claudio Adriano

Edição e finalização: Guem Takenouchi

Animação: Tiago Keise

Coordenação de Produção: Santiago Dellape

Auxiliar de cinegrafista: Misael do Rosário

Pesquisa: André Bergamo e Dulce Queiroz

Trilha Original: Alberto Valerio

Realização TV Câmara 2012

sábado, 10 de agosto de 2013

Pai ...


Pai ...

"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim." Carlos Drummond de Andrade

"A verdadeira afeição na longa ausência se prova." Luís de Camões

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Roy Lichtenstein




Roy Fox Lichtenstein (Nova Iorque, 27 de outubro de 1923 — Nova Iorque, 29 de setembro de 1997) foi um pintor que procurou valorizar os clichês das histórias em quadradinhos como forma de arte, tentando criticar a cultura de massa. Artista gráfico, é um dos ícones da arte pop e desenhou naturezas mortas, paisagens e redefiniu obras primas da arte erudita.

O seu interesse pelas histórias em quadradinhos como tema artístico começou, provavelmente, com uma pintura do Mickey que realizou em 1960 para os filhos. Nos seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características dos quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu à mão - com fidelidade - os procedimentos gráficos. Empregou, inicialmente, uma técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das histórias. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.

Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Os seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração. Utiliza as imagens com um sentido irônico, elevando os quadrinhos à categoria da grande arte ao mesmo tempo em que valoriza sua condição de produto de massa.
Roy Lichtenstein se fez notar pela utilização das histórias em quadrinhos e dos clichês que, pinçados da arte comercial, se transformam em objetos de arte: socos, tiros, lágrimas pelo amor perdido, com frases e textos de apoio. Com certa ironia deu a esta fase o nome de “Grande Pintura”. Uma das melhores definições do movimento veio do próprio Roy :
"O que marca o pop, é - antes de mais nada- o uso que é dado ao que é desprezado”.  
Lichtenstein usava cores como: azul marinho, amarelo, vermelho e branco. Ele fazia contornos em preto, para realçar mais suas pinturas. Como nos anos 60 já usava o tema da ironia, que marcou os 90, Roy é considerado pioneiro, mestre e uma figura proeminente da arte americana. 
Sua obra "The Entablature" - que estava exposta no World Trade Center, foi destruída nos ataques de 11 de setembro. 

Faleceu em 1997, por complicações de uma pneumonia.

[Pop Art] is an involvement with what I think to be the most brazen and threatening characteristics of our culture, things we hate, but which are also powerful in their impingement on us.
- Roy Lichtenstein, quoted in Art News, November 1963
TRADUÇÃO LIVRE: " Pop Art é uma ação que eu penso ser a mais descarada e ameaçadora característica de nossa cultura, coisas que odiamos, mas que também são poderosas na sua 'colisão' contra nós". 

fonte:  ficpopart