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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Dama do Barro – Ana das Carrancas

Artesã Ana das Carrancas morre aos 85 anos


Ana das Carrancas foi uma das maiores artesãs de Pernambuco.



Seu trabalho com as carrancas, peças colocadas nas proas das embarcações para espantar o mau-olhado, tem repercussão nacional e internacional.



Quando chegou em Pernambuco era conhecida como Ana do cego, retirante vinda do Piauí, que por 3 meses viajou com a família durante a noite, para fugir do calor e do sol, e de dia descansava e procurava com o que se alimentar. Nunca aceitou que o marido, que é deficiente visual, fosse pedinte. Insistiu em trabalhar para sustentar a família, e começou a fazer louça para vender. Virou Ana louceira, mas a vida continuava difícil. Ganhava pouco com a venda das louças, e o preço da argila subia na praça. Para não parar de trabalhar, passou a buscar argila no rio São Francisco.
Para sustentar o marido portador de deficiência visual, a retirante Ana dos Santos começou a fazer carrancas de barro.



Para homenagear o esposo, as obras sempre apresentavam os olhos furados.

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