domingo, 2 de novembro de 2008
DOMINGO
Às vezes lamento minha
ma sorte – e o que me espera
Em seguida é um dia luminoso.
Às vezes bendigo minha
fortuna – e logo após um
furacão desaba sobre minha
cabeça.
Brincas comigo, Senhor?
Ou será que devo lamentar
minha fortuna e bendizer
a má sorte como se o avesso
e o direito fossem iguais
para ti?
Jamil Snege
Para onde vai o canto,
depois que os
lábios se fecham?
Para onde vai a prece,
depois que o
coração silencia?
E os rostos que amamos
para onde vão, Senhor,
depois que nossas
pupilas se transformam
em gotas de lama?
Ontem vi uma andorinha
que devia ter uns
cinco milhões de anos.
Será que eu também
sobreviverei
ao que resta de mim?
Jamil Snege
POESIA
Sigo em frente.
Monocórdico,
obsessivo,
recorrente.
Cautelosamente desesperado,
procuro o símbolo
de oculto significado.
No multiforme,
acidentado,
inesgotável,
território do inexpressado.
Eis a semente.
Fábio Campana
Subir aos céus
pelo degrau mais alto da estima
pelo portal mais sagrado da loucura
Luis Rodrigues
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Um comentário:
Fábio Campana escreve e Jamil Snege
escrevia, poemas , contos e outras coisas com tanta facilidade, que a escrita deles parece ser um jogo simples de palavras, mas, que nos faz
captar questões profundas da vida.
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