A mania de compor listas com os melhores filmes de todos os tempos não é nova.
A primeira e mais importante contribuição a esse passatempo erudito surgiu lá por 1958, quando os belgas decidiram realizar um Festival Internacional de Cinema para acompanhar a feira mundial que se realizava em Bruxelas. Gente ligada ao cinema em todas as latitudes foi previamente questionada sobre quais eram os seus filmes mais importantes de todos os tempos. O Encouraçado Potemkin, de Serguei Eisenstein, saiu na frente, taco a taco com Cidadão Kane, de Orson Welles, e O Boulevard do Crime, de Marcel Carné. A partir de então, esses três filmes se revezam no primeiro posto das listas que foram criadas ao longo dos anos mundo afora.
Faça a sua também, é divertido.
Intolerância - 1916
O filme mostra quatro histórias que contam casos de intolerância: na Babilônia; na França, durante o massacre da noite de São Bartolomeu ; na Judéia, na época da crucificação de Cristo; e nos Estados Unidos na época em que o filme foi realizado, sendo que as histórias são interligadas pela dramatização de um poema de Walt Whitman.
O Encoraçado Potemkin - 1925
Em 1905, na Rússia czarista, aconteceu um levante que pressagiou a Revolução de 1917. Tudo começou no navio de guerra Potemkin quando os marinheiros estavam cansados de serem maltratados, sendo que até carne estragada lhes era dada com o médico de bordo insistindo que ela era perfeitamente comestível. Alguns marinheiros se recusam em comer esta carne, então os oficiais do navio ordenam a execução deles. A tensão aumenta e, gradativamente, a situação sai cada vez mais do controle. Logo depois dos gatilhos serem apertados Vakulinchuk (Aleksandr Antonov), um marinheiro, grita para os soldados e pede para eles pensarem e decidirem se estão com os oficiais ou com os marinheiros. Os soldados hesitam e então abaixam suas armas. Louco de ódio, um oficial tenta agarrar um dos rifles e provoca uma revolta no navio, na qual o marinheiro é morto. Mas isto seria apenas o início de uma grande tragédia.
O Nascimento De Uma Nação - 1925
Diversos pontos da história norte-americana são repassados sob a história de dois irmãos, chamados Phil e Ted Stoneman, que acabam em lados opostos a uma família amiga, os Camerons, durante a Guerra Civil.
Cidadão Kane - 1941
Cidadão Kane é supostamente baseado na vida do magnata do jornalismo William Randolph Hearst (publicamente, Welles negava), e conta a história de Charles Foster Kane, um menino pobre que acaba se tornando um dos homens mais ricos do mundo. O filme inicia com a sua morte, onde pronuncia a palavra Rosebud, que acaba levando um jornalista à investigar a vida de Kane para descobrir o sentido da palavra. Entrevistando pessoas do passado de Kane, o jornalista mergulha na vida de um homem solitário, que desde a infância é obrigado a seguir a vontade alheia. Todos ao seu redor não se importam com Kane, que busca através da aquisição de bens e pessoas buscar a infância perdida.
O Boulevard Do Crime - 1945
Paris, 1830. O Boulevard du Temple é o local dos teatros, dos cabarés e da vida boêmia da capital francesa. É neste cenário que desenrola o tumultuado triângulo amoroso pela atriz Garance (Arletty), o ator Fréderick Lemaitre (Pierre Brasseur) e o mímico Baptiste (Jean-Louis Barrault).
La Dolce Vita - 1960
A Doce Vida é a grande obra-prima do mestre Federico Fellini e também um dos maiores filmes da história do cinema. Roma, início dos anos 60. O jornalista Marcello (Marcello Mastroianni em desempenho memorável) vive entre as celebridades, ricos e fotógrafos que lotam a badalada Via Veneto. Neste mundo marcado pelas aparências e por um vazio existencial, freqüenta festas, conhece os tipos mais extravagantes e descobre um novo sentido para a vida.
Era Uma Vez América - 1984
SINOPSE
Obra-prima de Leone que percorre três décadas da vida de dois amigos de infância. Em 1920, ainda moleques, dois amigos judeus cometem pequenos delitos pelas ruas. Já crescidos eles acabam ingressando na poderosa máfia judáica de então, mas tornam-se rivais.
A Festa de Babette - 1987
Sinopse
A fim de escapar da sórdida repressão da Paris de 1871, Babette desembarca, em meio a uma tempestade, na costa selvagem da Dinamarca.
Na pequena aldeia de Jutland, ela procura as irmãs Martina e Philippa, senhoras muito puritanas, filhas do pastor da região, e lhes apresenta uma carta de recomendação de Achille Papin, um cantor de ópera que, no passado, fora professor de canto de Philippa. Em sua carta, Papin lhes pede que acolham Babette em sua casa. Por sua vez, esta lhes pede para trabalhar como criada, tendo em troca apenas um quarto para morar. Depois de muito pensarem, principalmente pelo fato de Babette ser católica, elas terminam a aceitando. Em pouco tempo, Babette se integra à austera tradição protestante da comunidade.
Quatorze anos depois, ela ganha 10.000 francos na loteria, o que vai lhe permitir voltar à sua pátria. Entretanto, o inesperado acontece. Babette resolve gastar todo seu dinheiro em um jantar tipicamente francês, a fim de comemorar dignamente o centenário de nascimento do falecido pastor, mesmo que para isso tenha que passar o resto de seus dias vivendo como criada das irmãs protestantes.
Os doze convidados para o jantar, tendo sempre vivido em Jutland e sendo pessoas simples, não conheciam nada sobre a culinária francesa e, menos ainda, sobre os pratos sofisticados que eram servidos no Café Anglais, lugar onde Babette trabalhara como cozinheira.
Assim, com a habilidade de fazer as pessoas sentirem prazer através do paladar, Babette faz com que o jantar se transforme num verdadeiro banquete que as duas irmãs e os habitantes da pequena aldeia jamais esquecerão.
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