Por Sérgio Vaz
Anotação em 2010: Todo mundo deveria rever Cabaret de tempos em tempos.
Mary fez o comentário logo depois que terminamos de rever Cabaret mais uma vez – mas a frase não é nova. Fui dar uma olhada nas minhas anotações, e está lá; quando revimos Cabaret em 2006, escrevi uma única frase: “As pessoas deveriam ver Cabaret uma vez por ano”. Mas eu também não estava sendo original; as pessoas diziam frases assim sobre o filme já na época em que ele estreou, em 1972.
Cabaret é uma festa para os olhos, para os ouvidos, para a cabeça, para o coração. É uma rara explosão de talento, uma supernova de genialidade – sai faísca de brilho do filme o tempo todo, tomada por tomada, ao longo de 124 minutos que passam com a rapidez de um raio.
Se fosse fazer uma lista dos meus dez filmes preferidos, assim, de cabeça, de bate-pronto, sem fazer consulta a nada, Cabaret estaria nela.
Bob Fosse é um cineasta de poucos filmes. Há os grandes cineastas que são capazes de fazer um filme por ano, todo ano, e quase todos ótimos, excelentes, como Woody Allen, por exemplo. E há os que não são prolíficos, como Milos Forman. É exatamente assim na música também; de um lado, há Bob Dylan, Chico Buarque, Caetano Veloso – um belo disco praticamente a cada ano, Dylan desde 1962, Chico e Caetano desde 1966. E há Dorival Caymmi, Paul Simon – de obra pequena, na comparação com os demais.
Bob Fosse é do time de Forman, de Caymmi, de Simon. É ourives cuidadoso; fica burilando sua pedra preciosa, seu diamante, durante longo tempo; filma várias vezes a mesma tomada, e depois passa longos meses na sala de montagem; mexe aqui, mexe acolá; todo mundo já acha que está tudo perfeito, mas ele mexe de novo – conforme ele próprio confessou abertamente ao respeitável público em sua obra autobiográfica All That Jazz, autobiográfica e profética, que antecipava como seria sua própria morte, no meio de mais um trabalho.Leia na ÍNTEGRA 50 Anos de Filmes
Mary fez o comentário logo depois que terminamos de rever Cabaret mais uma vez – mas a frase não é nova. Fui dar uma olhada nas minhas anotações, e está lá; quando revimos Cabaret em 2006, escrevi uma única frase: “As pessoas deveriam ver Cabaret uma vez por ano”. Mas eu também não estava sendo original; as pessoas diziam frases assim sobre o filme já na época em que ele estreou, em 1972.
Cabaret é uma festa para os olhos, para os ouvidos, para a cabeça, para o coração. É uma rara explosão de talento, uma supernova de genialidade – sai faísca de brilho do filme o tempo todo, tomada por tomada, ao longo de 124 minutos que passam com a rapidez de um raio.
Se fosse fazer uma lista dos meus dez filmes preferidos, assim, de cabeça, de bate-pronto, sem fazer consulta a nada, Cabaret estaria nela.
Bob Fosse é um cineasta de poucos filmes. Há os grandes cineastas que são capazes de fazer um filme por ano, todo ano, e quase todos ótimos, excelentes, como Woody Allen, por exemplo. E há os que não são prolíficos, como Milos Forman. É exatamente assim na música também; de um lado, há Bob Dylan, Chico Buarque, Caetano Veloso – um belo disco praticamente a cada ano, Dylan desde 1962, Chico e Caetano desde 1966. E há Dorival Caymmi, Paul Simon – de obra pequena, na comparação com os demais.
Bob Fosse é do time de Forman, de Caymmi, de Simon. É ourives cuidadoso; fica burilando sua pedra preciosa, seu diamante, durante longo tempo; filma várias vezes a mesma tomada, e depois passa longos meses na sala de montagem; mexe aqui, mexe acolá; todo mundo já acha que está tudo perfeito, mas ele mexe de novo – conforme ele próprio confessou abertamente ao respeitável público em sua obra autobiográfica All That Jazz, autobiográfica e profética, que antecipava como seria sua própria morte, no meio de mais um trabalho.Leia na ÍNTEGRA 50 Anos de Filmes
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