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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

SERGIO BITTENCOURT



Sérgio Bittencourt
* 1941 Rio de Janeiro, RJ + 9/7/1979 Rio de Janeiro, RJ

Compositor. Jornalista. Filho de Jacob do Bandolim, cresceu cercado pelas rodas de choro de seu pai e de seus grandes amigos chorões. Aos 18 anos, saiu da casa dos pais. Lutou desde a infância contra as seqüelas da hemofilia. Faleceu aos 38 anos de um enfarte.

Dados Artísticos:
Como jornalista, desenvolveu estilo de crítica duro e desaforado. Como pessoa, no entanto, era um sentimental. Trabalhou em vários órgãos de imprensa cariocas, os jornais Correio da Manhã, O Globo, e O Fluminense, e na Revista Amiga, em rádio, atuou nas Rádios Capital, Carioca, no Rio de Janeiro, e Mulher, de São Paulo.

Atuou também como jurado dos famosos programas de calouros da TV, "Um instante, Maestro!", "A Grande Chance" e "Programa Flávio Cavalcanti", todos apresentados por Flávio Cavalcanti. Apresentou na Rádio Nacional o programa "Fim de noite", posteriormente levado ao ar na Rádio Mauá.

Teve sua primeira composição gravada em 1965, "Estrelinha", na voz de Eliana Pitman. Em 1966, classificou-se em quarto lugar no II Festival da Música Brasileira, na TV Record, com a música "Canção de não cantar", interpretada pelo conjunto MPB4.

Em 1968, foi vencedor do festival "O Brasil canta o Rio", com a música "Modinha", interpretada pelo cantor Taiguara. Essa música seria ainda regravada por Nelson Gonçalves, Carlos José, Waleska, e Tito Madi, entre outros.



Nesse ano, Waleska regravou "Estrelinha". No I Festival Internacional da Canção, classificou a música "Canção a medo", na interpretação do MPB4 e do Quarteto em Cy. Em 1970, sua música "Acorda, Alice" foi proibida pela censura da ditadura militar devido ao verso "Acorda, Alice/Que o país das maravilhas acabou". Posteriormente, com a abertura política, foi gravada por Waleska. Em 1971, apresentou-se com Ataulpho Alves Junior e Walesca em show na boate Fossa, no Rio de Janeiro.

Entre os diversos shows que apresentou está "Vamos falar de muito amor", que contou com as participações de Ribamar, Waleska, Mano Rodrigues e Márcia de Windsor.

Seu grande sucesso foi "Naquela mesa", comovida homenagem póstuma ao seu pai Jacob, gravado por Elizeth Cardoso em seu LP "Preciso aprender a ser só", de 1972, pela Copacabana, música que ganharia não só outras gravações posteriores como seria incorporada ao repertório informal de seresteiros, boêmios e amantes da MPB. Entre os diversos interprétes que regravaram "Naquela mesa" estão Nelson Gonçalves e Paul Mauriat.

Naquela mesa -Sergio Bitencourt e Eliseth Cardoso



Outra de suas composições que recebeu várias regravações foi "Eu quero", registrada por Cláudio Faissal, Nelson Gonçalves, Carlos José, Waleska e Elymar Santos.

SERGIO BITTENCOURT - EU QUERO



Como jurado de TV, fazia questão de deixar clara sua proposta de defender a música brasileira, marcando publicamente uma linha nacionalista. Participou dos discos "Raízes do samba"; "A divina"; "Preciso aprender a ser só" e "Disco de ouro", todos da cantora Elizeth Cardoso. Sua principál interprete foi a cantora Waleska que registrou as músicas "Seja homem", "Por você", "Canção pra ninguém chorar", "Por Deus", "Nem marido nem amante", "Vim", "Acorda Alice", "Pretexto", "Que maldade" e "Amiga".
Em 1975, teve a canção "Por Deus", com Beto Quartin, gravada por Waleska em LP lançado pela Copacabana. Dois anos depois, a mesma cantora registrou as canções "Nem marido nem amante", "Seja homem", e "Naquela mesa".
Em 1978, no disco "Eu Waleska", a cantora registrou "Que maldade", e no ano seguinte, "Canção pra ninguém chorar".
Em 2000, as músicas "Vim" e "Azar", com Eduardo Souto Neto, e "Que maldade", foram relançadas no CD "Seleção de ouro - 20 sucessos - Waleska", da EMI Music.
Em 2001, "Naquela mesa" foi regravada por Hebe Camargo no CD "Como é grande o meu amor por vocês".
Em 2002, a "Canção de não cantar" foi relançada pela Universal Music no CD "20 anos de saudade - Elis Regina".
Suas composições foram gravadas também por Pery Ribeiro, Moacyr Franco, Vanusa, Célia, Antônio Marcos, Ângela Maria, Maria Creusa e Wilson Simonal. Em 2005, foi publicado o livro "Tá faltando ele...", com seu perfil biográfico escrito por Paulo Roberto de Oliveira, com prefácio de Ricardo Cravo Albin.

FONTE:
http://www.dicionariompb.com.br/verbe...



Discografia

1965 - Estrelinha - gravação da cantora Eliana Pitman
1966 - Canção a medo - com o conjunto voca MPB-4
1968 - Modinha com Taiguara
1968 - Peque canção para chegar - Moacyr Franco
1969 - Jambete - com o sambista Cyro Monteiro
1969 - Quem mandou - Wilson Simonal
1969 - Silêncio - Wilson Simonal
1969 - Vim - Taiguara
1972 - Naquela Mesa com Eliseth Cardoso
1972 - Desabafo - com a intérprete Nora Ney
1973 - Naquela Mesa - regravado por Paul Mauriat
1974 - Eu quero - cantor Carlos José
1974 - No meio da festa - cantora Maria Creuza
1974 - O amigo - Trio Ternura
1974 - Reza - Vanusa
1975 - O velho - com Antônio Marcos
1975 - Olha eu - conjunto Roupa Nova
1975 - Canção morrendo de saudade - na voz da cantora Célia
1980 - Para que - Ângela Maria

Em 1970, a canção Acorda, Alice de sua autoria foi proibida pela censura da ditadura militar brasileira, pelos versos: Acorda, Alice / que o país das maravilhas acabou.


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