Joan Miró Ferra, artista integrante do movimento surrealista e um dos maiores pintores espanhóis, nasceu no dia 20 de abril de 1893, embora nascido em Barcelona, foi em Maiorca, com paisagens diferentes das de sua cidade natal, que descobriu o cromatismo intenso do céu e do mar, muitas vezes presente em sua trajetória artística.
Pintor, escultor e gravador, foi um criador de formas, figuras coloridas, imaginárias, que o identificam por um léxico próprio composto por manchas, pontos e linhas carregados de um intenso cromatismo que acompanha toda a sua obra.
Passou a infância entre Mallorca, cidade de origem de sua mãe, em Tarrago, na cidade de procedência de seus avós paternos, bem como em Montroing, uma propriedade familiar à cerca de 60 km de Barcelona. Desde pequeno demonstrou queda para a arte.
Quando tinha 14, foi matriculado pelo pai na Escola de Comércio, pois a arte, como modo de vida, não era tida como garantidora de um futuro promissor. Essa atitude familiar acabou por causar depressão em Miró. Ao fim desse período de doença, é inscrito pelo pai, na Escola de Belas Artes de Llotja. Isso no entanto não durou muito, pois ao completar 17 anos, novamente a família fez com que deixasse de lado a arte e fosse trabalhar em uma farmácia, o que acabou por levá-lo à enfermidade, tamanho o desgosto. Depois de recuperado, vai para a Escola de Arte de Francisco Gali, que de imediato percebeu as habilidades daquele jovem, notadamente, no uso das cores.
Em 1918, Miró faz, pela primeira vez, uma exposição individual de suas obras. Na viagem que faz a Paris em 1.920 entra em contato com os surrealistas, como Pablo Picasso. É o início de uma vida austera, trabalhando em um ateliê com outros pintores. Esse contato com poetas, escritores e pintores permitem a Miró desenvolver e amadurecer seu próprio estilo, também chamado de abstração bifórmica.
Em 1921 organiza sua segunda mostra, não obtendo sucesso, o que não impede Miro buscar na memória, na fantasia e no irracional para criar suas obras, que podem ser consideradas transposições visuais da poesia surrealista.
Em 1925 realiza exposição individual e, posteriormente, exposição com o grupo surrealista, na Galeria Pierre de Paris. A tela Carnaval d'Arlequin é efetuada entre 1924 e 1925.
Em 12 de outubro de 1929, casa-se com Pilar Juncosa, em Palma de Mallorca, instalando-se em Paris. Teve uma única filha, Dolores. Em suas obras retrata a guerra civil por que passo na Espanha, apesar de residir em Paris. Em 1932 reside em Barcelona. Trabalha na decoração e vestuário do ballet Jocs d'Infants do Ballet Russos de Montecarlo. Em 1936, com o início da guerra civil espanhola. Miró muda-se com a família para Paris.
Em 1937 pinta El Segador para o Pavilhão da la República Espanhola na Exposição Universal de Paris. Em 1940 começa a série Constelaciones, na cidade de Varengeville-sur-Mer onde reside desde o ano anterior. Com a invasão alemã deixa a França e se instala em Mallorca. Termina a série Constelaciones no ano seguinte.
Em 1947 acontece sua primeira viagem para os Estados Unidos, onde permanece oito meses para fazer o mural para Terrace Plaza Hotel de Cincinnati.
A partir de 1955, exceto algumas pequenas pinturas sobre cartão. Prefere os trabalhos em cerâmica e obras gráficas. Nos anos setenta concentra cada vez mais sua atividade em obra monumental e pública. Começa a trabalhar com área têxtil.
Morre no natal de 1983, em Palma de Mallorca.
Fonte: www.belasartes.br
Joan Miró Ferra was born April 20, 1893, in Barcelona. At the age of 14, he went to business school in Barcelona and also attended La Lonja’s Escuela Superior de Artes Industriales y Bellas Artes in the same city. Upon completing three years of art studies, he took a position as a clerk. After suffering a nervous breakdown, he abandoned business and resumed his art studies, attending Francesc Galí’s Escola d’Art in Barcelona from 1912 to 1915. Miró received early encouragement from the dealer José Dalmau, who gave him his first solo show at his gallery in Barcelona in 1918. In 1917 he met Francis Picabia.
In 1920 Miró made his first trip to Paris, where he met Pablo Picasso. From this time, Miró divided his time between Paris and Montroig, Spain. In Paris he associated with the poets Max Jacob, Pierre Reverdy, and Tristan Tzara and participated in Dada activities. Dalmau organized Miró’s first solo show in Paris, at the Galerie la Licorne in 1921. His work was included in the Salon d’Automne of 1923. In 1924 Miró joined the Surrealist group. His solo show at the Galerie Pierre, Paris, in 1925 was a major Surrealist event; Miró was included in the first Surrealist exhibition at the Galerie Pierre that same year. He visited the Netherlands in 1928 and began a series of paintings inspired by Dutch masters. That year he also executed his first papiers collés (pasted papers) and collages. In 1929 he started his experiments in lithography, and his first etchings date from 1933. During the early 1930s he made Surrealist sculptures incorporating painted stones and found objects. In 1936 Miró left Spain because of the civil war; he returned in 1941. Also in 1936 Miró was included in the exhibitions Cubism and Abstract Art and Fantastic Art, Dada, Surrealism at the Museum of Modern Art, New York. The following year he was commissioned to create a monumental work for the Paris World’s Fair.
Miró’s first major museum retrospective was held at the Museum of Modern Art, New York, in 1941. That year Miró began working in ceramics with Josep Lloréns y Artigas and started to concentrate on prints; from 1954 to 1958 he worked almost exclusively in these two mediums. He received the Grand Prize for Graphic Work at the Venice Biennale in 1954, and his work was included in the first Documenta exhibition in Kassel the following year. In 1958 Miró was given a Guggenheim International Award for murals for the UNESCO building in Paris. The following year he resumed painting, initiating a series of mural-sized canvases. During the 1960s he began to work intensively in sculpture. Miró retrospectives took place at the Musée National d’Art Moderne, Paris, in 1962, and the Grand Palais, Paris, in 1974. In 1978 the Musée National d’Art Moderne exhibited over five hundred works in a major retrospective of his drawings. Miró died on December 25, 1983, in Palma de Mallorca, Spain.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
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