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sexta-feira, 12 de março de 2010

‘O mundo acordou mais xarope hoje’, diz Galhardo

Glauco fala sobre o início de sua carreira - 11/02/2003 10h50



"Comecei a desenhar no segundo grau. Sempre desenhei na turma do fundão, que eu fui freqüentador assíduo. Desenvolvi essa linguagem e vi que era uma ferramenta muito poderosa: o humor aliado com caricatura. Desde você fazer caricatura dos professores, de algum colega de classe...


Glauco fala sobre o personagem Netão - 11/02/2003 10h40



"O Netão surgiu com essa nova moda da Internet. A princípio eu estava resistente em criar um personagem especialmente ligado à Internet, porque é uma coisa limitada de trabalhar com o cara ali olhando para aquela tela. Mas depois surgiu a esposa dele, que tem ciúmes dele ficar na navegando na Internet e fui me animando. Depois que eu comecei a colaborar com o UOL, passei a querer aprender mais sobre a Internet, também para ter mais subsídios para trabalhar com o Netão.

O Netão tem uns 30 anos, justamente para dar uma crise no casamento dele. Ele é metropolitano, vive internado num apartamento e viaja pelo mundo afora pelo computador. Ele é uma mistura do Geraldão com o Casal Neuras. Um Geraldão Virtual."

(Entrevista concedida a Mara Gama)


Glauco fala sobre misticismo e Daime - 11/02/2003 10h47



"O Angeli sempre tirou muito sarro de mim porque eu sou muito místico. Sou pisciano. Sempre gostei da linha espiritual, de estudar. Depois que eu comecei a freqüentar o Santo Daime -que é uma bebida que vem lá da Amazônia, que os índios consagram-, eles (Angeli e Laerte) tiraram muito sarro dessa minha nova jornada. Chegaram a fazer história sobre o Glauquito, que montou uma religião, encontrou suas raízes, montou uma seita e fez um chá com as suas raízes.

O Rhalah Rikota eu não tinha antenado que o Angeli tinha feito especialmente para tirar um sarro mas, com essa confissão dele eu me sinto muito honrado.

Eu sou daimista. Criamos um grupo de estudo e passamos a receber o Daime lá da floresta. É um centro de pesquisa espiritual. O Daime tem um potencial de cura muito grande.

Eu coordeno o ritual, que é bastante musical. São vários hinos, recebidos pelos caboclos lá da mata, que a gente executa depois de ter ingerido o Daime. A gente faz um trabalho musical e dentro desse trabalho musical as pessoas vão estudando, dentro da força do Daime, porque ele é um expansor de consciência.

O Daime me trouxe muita disciplina, principalmente com meu trabalho de cartunista, do traço. Também relacionado à saúde, porque eu era muito exagerado, boêmio, e isso atrapalhava o meu dia a dia. O traço é uma coisa que você precisa estar harmonizado com você mesmo. Nesse sentido, senti uma evolução muito grande, no meu trabalho e em todos os aspectos da minha vida."

(Entrevista concedida Mara Gama)

Glauco fala sobre suas tiras - 11/02/2003 10h44



"Eu desenho a nanquim com papel, depois eu escaneio e quando é para aplicar cor eu uso o computador. Tentei usar o computador para desenhar, mas meu desenho sai como se fosse uma criança. Não tenho o domínio ainda. Mesmo aquela canetinha que tem uma tela. Para meu tipo de traço, estou acostumado com a pena, que dá um traço todo peculiar."

(Entrevista concedida a Mara Gama)

O cartunista Glauco Villas Boas, 53, que morreu nesta madrugada após uma tentativa de assalto em sua casa, em Osasco, começou a publicar suas tirinhas no começo dos anos 70


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