Então

sábado, 2 de junho de 2012

QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE VOCÊ FEZ ALGO PELA PRIMEIRA VEZ?





E ai, pensou quando foi a última vez que você fez alguma coisa pela primeira vez? Não é fácil, não é mesmo? Na rotina do nosso dia-a-dia, buscamos terminar as tarefas a fim de conseguir realizar alguma atividade prazerosa também. No entanto, as atividades que buscamos geralmente são as mesmas. Por que será?
Buscamos o mesmo, o conhecido, o certo, pois saber o que nos espera, saber o resultado de uma ação, o gosto de uma certa comida, é reconfortante. O estranho, o novo geralmente não é bom. Pode até ser interessante, mas o novo geralmente causa medo, receio, angústia.
Dificilmente uma criança gosta de mudar de escola. Para muitos, começar um novo emprego é algo excitante e, ao mesmo tempo, amedrontador. É algo comum as pessoas se hospedarem sempre na mesma rede de hotéis e, até mesmo na hora de trocar de carros, ficar com a mesma marca por anos.
Mudar, fazer algo novo envolve riscos, envolve disposição. É preciso motivação, estímulo e dedicação para conseguir sair do piloto automático em que vivemos a nossa vida, para escolher outro caminho.
Li em um artigo da FastCompany que muitas pessoas estão tentando sair um pouco da rotina e tentar coisas novas, porém estão encontrando mais dificuldade do que esperado. A ideia por trás disso tudo é a seguinte. A maioria das pessoas está tentando se beneficiar das promoções de compras coletivas comprando itens que normalmente não compraria, mas pelo valor atrativo, resolvem comprar. Ou seja, talvez eu nunca pularia de asa delta, mas por 50 reais, vale a pena, não é mesmo? Ou quem sabe, por 30 reais seja a minha chance de fazer uma tatuagem, ou experimentar uma aula de salsa, ou mesmo fazer uma massagem com vinho.
O motivo das mudanças não estarem dando certo, de acordo com as pesquisas do artigo, é que as pessoas estão tentando ser quem não são. Estão tentando mudar drasticamente suas personalidades, seus estilos. Nem sempre as mudanças precisam ser tão drásticas. O novo, não precisa ser tão diferente assim, pode, mas não precisa. Pequenas ações na nossa rotina podem ser modificadas e assim mudamos um pouco o nosso comportamento e oportunizamos novas descobertas. Querem ver um exemplo simples?
Ontem mesmo, saindo do supermercado encontrei diversos carrinhos deixados atrás de carros, cujos motoristas teriam uma desagradável surpresa ao retornar das suas compras. Custa levar o carrinho de volta ao seu destino? Aparentemente custa.

Se você é uma dessas pessoas, quem sabe da próxima vez, tente algo novo, e leve o carrinho de volta. Esse minuto a mais, não o atrapalhará, você não irá perder uma reunião ou algo pior. Quem sabe até não encontra alguém interessante no caminho? Dê chance ao acaso, permita que o imprevisível aconteça. Iniciamos o segundo semestre do ano, se dê de presente algo novo. Faça algo pela primeira vez, ainda hoje se possível.
Aline Jaeger

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