Morreu na manhã deste sábado (17) a cantora cabo-verdiana Cesária Évora, aos 70 anos, no hospital Baptista de Sousa, em São Vicente, Cabo Verde. A notícia foi confirmada pela agência Lusa. A cantora estava internada desde sexta-feira e morreu por "insuficiência cardiorrespiratória aguda e tensão cardíaca elevada."
Em setembro, a cantora sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), uma semana depois de anunciar que estava encerrando sua carreira por conta de problemas de saúde.
Em setembro, a cantora sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), uma semana depois de anunciar que estava encerrando sua carreira por conta de problemas de saúde.
Em 2004, a cantora ganhou um prêmio Grammy de melhor álbum de world music contemporânea.
Vida e obra
Conhecida como "Diva dos Pés Descalços", Cesária era considerada como a melhor intérprete da "morna", a música folclórica típica de Cabo Verde. "Nossa música é muitas coisas. Alguns dizem que ela é como o blues ou o jazz. Outros dizem que ela é como a música brasileira, ou a africana, mas ninguém sabe realmente. Nem mesmo os mais velhos", disse Cesária em entrevista à Associated Press em 2000.
As canções dela tinham inspiração na amarga história da artista - que perdeu o pai ainda criança - e o sofrimento da população de seu país. Ela se apresentou algumas vezes e no Brasil e, em 2008, abriu a Virada Cultural, em São Paulo (SP).
A cantora sofria há vários anos de diversos problemas e chegou a ser submetida a sérias operações, incluindo uma cirurgia cardíaca em maio de 2010. "Seus novos problemas de saúde acontecem depois de várias operações cirúrgicas a que foi submetida nos últimos anos, entre elas uma operação de coração aberto", disse a gravadora na época do anúncio do encerramento da carreira.
"Não tenho forças, não tenho energia. Gostaria que dissessem aos meus admiradores: sinto muito, mas agora preciso descansar. Lamento infinitamente ter que me ausentar devido à doença, gostaria de dar ainda mais prazer aos que me seguiram durante tanto tempo", disse Évora ao jornal francês "Le Monde" no dia 23 de outubro, após o afastamento dos palcos.
Uol (Com agências internacionais)